Como todas as semanas recebemos mensagens do mentores que trabalham do GECE – Grupo Espiritualista Cigana Esmeralda, a partir de hoje começarei a colocar as mensagens que esses amigos espirituais nos passam para ajudar na nossa evolução espiritual.

A reunião dessa semana foi dirigida pela querida Vó Zefa, uma Preta Velha muito amorosa e que veio nos dar seus conselhos.

Linha de Pretos Velhos

São espíritos que se apresentam como idosos, viveram em senzalas como escravos, que morreram no tronco ou de velhice e adoram contar suas histórias do tempo de cativeiro.

Considerados espíritos elevadíssimos, sendo muito sábios, ternos e pacientes, ensinam o amor, a fé e a esperança aos seus filhos e netos.

Os Pretos Velhos são as entidades mais conhecidas e, pela sua idade avançada, são chamados de Pais/Mães ou Avôs/Avós.

Apesar da rudeza do cativeiro, demonstraram fé para suportar as amarguras da vida, e hoje são guias de elevada sabedoria. Geralmente ligados à vibração de Omolu (“Atotô!”), costumam fumar cachimbo ou cigarros de palha, realizar benzimentos com ramos de arruda, rezando com terço e aspergindo água fluidificada. As baforadas com fumo são para limpeza e harmonização das vibrações dos médiuns e consulentes.

Pretos Velhos | Mahadeva Lakshmi

Vó Zefa

Vamos conhecer um pouco mais sobre essa Vó(zinha) tão linda e amorosa! Adorei as Almas!

Nota: As frases entre aspas foram passadas pela própria Vó, desculpem os erros de grafia.

A Vó Zefa viveu em meados de 1.800, no interior de São Paulo. Nascida em cativeiro, foi vendida muito nova e assim perdeu seus laços familiares.

“O escravo moço tinha mais valô na venda pros sinhores.”

Ainda jovem já trabalhava em uma plantação de café. Vivia na senzala e pela idade foi “adotada” pelos escravos mais velhos que a consideravam como filha. Sofreu muito na juventude, desde trabalhos forçados, abusos, castigos… A história de vários de seus irmãos.

“Nóis era um bijeto do dono da fazenda, não pudia recramá.”

Após anos sofrendo, revoltou-se muito e tentou fugir para um quilombo. Foi capturada e voltou a tentar fugir. Após 4 tentativas sem sucesso, o feitor mandou contar seus dedos dos pés. Pegou infecção séria e só não faleceu devido aos conhecimento de ervas que seus “pais” tinham.
Ficou ainda mais revoltada e novas punições aconteciam.

Como fumava escondido, uma das vezes foi pega e o feitor fez com que ela engolisse um pote de escarros.
Cada dia mais amargurada, começou a fazer feitiços para os seus senhores e para o feitor. Seus irmãos mais velhos a alertaram para a lei da ação e reação, mas ela não deu ouvidos.

“A raiva cega a pessoa que num vê o mal que faz pra ela mesma.”

Quanto mais mandinga fazia, mais sofria. Adoeceu sem motivos e seus irmãos conseguiram dissuadi-la das feitiçarias. Seus “pais” já não estavam mais vivos. Mudando o padrão de pensamento e energia, as coisas começaram a melhorar.

A filha do senhor ficou doente e ela foi chamada para cuidar da moça, a quem ela se afeiçoou e que tratava como uma filha. Devido ao amor pela moça, começou a orar mais e a se conectar com os Orixás. A filha do senhor melhorou, recuperou a saúde e ela nunca mais voltou a trabalhar na plantação.
Ainda dormia na senzala, mas já mais experiente, cuidava dos irmãos como uma grande mãe, fazendo agora o bem através das simpatias, orações, conselhos e ervas.

Ajudou muitas pessoas, escravos ou não e já no final de sua jornada, não possuía mais mágoas, apenas um grande amor por todas as pessoas, pela natureza, por Deus.

“Num passei por nada que num divia. Quando confiei em Deus, comecei a receber as suas benças.
Minha vida foi muito bunita.”

  • “A dor passa, assim como tudo o que há de ruim em nossas vidas. A única coisa que é mais difícil superar é a própria culpa.”
    Qualquer sofrimento é uma lição para nosso aprendizado. Ficar remoendo o negativo apenas causará mais dor e, posteriormente, remorsos. Perdoe aos outros e principalmente a você mesma.
  • “Se você sempre fizer o bem, colocar amor em tudo e confiar em Deus, qualquer aflição não é nem percebida.”
    Quando focamos no próximo, agimos com amor e sem interesse no reconhecimento ou orgulho dos atos praticados, com confiança em Deus e na espiritualidade, qualquer dificuldade que porventura nos rodeia não será sequer percebida. Sempre que colocamos o outro em primeiro lugar, a vida retribui a gentileza.

  • “Tudo que você está passando é porque é necessário. Deus é amor e justiça e por isso só permite essas lições para o seu próprio crescimento.”
    Nenhuma folha cae sem que Deus permita. Se hoje você se vê uma pessoa “boazinha”, lembre-se que já viveu outras vidas e que o resgate dessa encarnação foi você quem pediu. Tudo é base para nossa evolução espiritual.

  • “A melancolia que aparece do nada, é a saudade que o seu espírito sente de sua Pátria Espiritual.”
    Aquela saudades que surge e não sabemos de onde vem, é o nosso espírito que busca pela sua casa que não é terrena. Entenda que em algum momento voltaremos ao nosso lar espiritual e portanto faça dessa sua encarnação motivo de festa no seu retorno.

  • “Se a pessoa te ofende, não fique triste. Você está ajudando alguém que precisa desabafar.”
    Não cultive amarguras em sua vida. Quando alguém te ofende, calunia ou age de maneira negativa com você, perdoe! Entenda que essa pessoa só precisa desabafar. A dor dela com certeza é muito maior do que quer demonstrar e, por isso, se esconde através dos ataques que pratica. Ela está doente, não você.

  • “Tudo vai melhorar!”
    Deus nos fez para sermos felizes e toda causa de dor e sofrimento passará quando a lição for aprendida. Por quanto tempo você vai ficar arrumando desculpas – e sofrendo – ao invés de aceitar e seguir adiante? A sua felicidade depende de você!

Meus fios e fias, cunfie em Deus e nas Santas Almas Benditas que istão sempre cum ocêis. E pode chamá essa véia na hora que for, que eu vou tá do seu lado ajudano ocê a superá as prova da vida. Que Deus seja por todos nóis!

Um grande bejo e forte abraço dessa sua
Vó Zefa