Muitas pessoas perguntam como começou a minha mediunidade, já que sou médium vidente, audiente, falante, sensitiva, de psicografia e de cura.

Mediunidade não é privilégio ou preferência Divina: todos somos médiuns em maior ou menor grau. O importante dessa lição é entender que não precisa (e nem deve!) se orgulhar ou se envaidecer por tê-las e nem se achar perturbada por não entender o que está acontecendo.

Que fique claro: não sou mais abençoada por ter todas essas manifestações. Eu as enxergo como dívida, pois como disse um amigo Boiadeiro muito querido – “você empurrou muitos morro abaixo, agora tem que subir, uma a um, com eles em seu colo!

Decidi escrever essa jornada para que, caso você se identifique, possa entender que não está LOUCA! E sim com uma mediunidade ainda desequilibrada.

Tive a benção de vir a esse mundo dentro de uma família espiritualista. Não sei se todos sabem, mas nasci em Santos/SP e minha mãe conta que na primeira vez que ela me levou para ver o mar (ainda bebê) eu entrei em transe. Pois é, ela diz que me mostrou o mar, eu comecei a ficar agitada e depois paralisada olhando a imensidão do lar de nossa mãe Iemanjá.

O tempo foi passando e via “vultos” em vários lugares. Levava cada susto que só por Deus! Morria de medo! E com o tempo essas visões só foram piorando.

Com 13 anos, passei a ter insônia. Fiquei por quase um ano sem dormir à noite. Pensei estar ficando louca, pois ficava rolando na cama, vendo e ouvindo vozes que não me deixavam dormir. Exatamente isso, além de ver o que já não eram apenas vultos, comecei a ouvir.

De manhã, levantava da cama e ia estudar e quando voltava da aula, cochilava no sofá vendo TV, mas não era um sono profundo e reconfortante. Na sequência, acordava e ia fazer os deveres de casa. A noite chegava e tudo recomeçava.

Conversei com minha mãe sobre o que acontecia e lá foi a família inteira para o centro espírita. Já nessa época falavam que a minha mediunidade estava descontrolada e que quando mais velha precisaria desenvolver. E toma-lhe passes!

Passei um ano com essa insônia e aos 14 anos tudo voltou ao normal, sempre frequentando o centro espírita.

Claro que quando o desespero passa, a primeira coisa que fazemos e deixar de lado o que a gente não gosta – no meu caso, não tinha maturidade suficiente para entender a importância das energias que recebia através dos passes e das mensagens das reuniões.

Graças a Deus, essa fase rebelde durou um bom período, mas entrei nos eixos (período esse maior do que gostaria com meu entendimento atual, mas tudo a seu tempo).

No começo via vultos, depois formas – nem sempre humanas, que além de me assustar, me perseguiam e atacavam.

Sentia empurrões, cutucões, beliscões, tapas e, muitas vezes, ficava com as marcas.

Ouvia zombarias, lamúrias, choro, gritos, xingamentos em várias ocasiões, até mesmo em velórios ou igrejas.

Frequentava centros espíritas e mudava de casa sempre pois vivia “passando vergonha” na hora dos passes – incorporava e achava que dava vexame, e claro que pela vergonha, deixava de frequentar aquela e buscava uma nova.

Aqui abro um parêntese para explicar que não é vergonha incorporar durante uma reunião, isso apenas significa que quem está ao seu lado precisa se manifestar e o local é apropriado para isso. Médium que é sério e trabalhador do bem, jamais julga!

Ou seja, no começo da minha mediunidade, tudo o que me acontecia era em relação aos amigos menos esclarecidos. Mas aí veio o grato presente de ver meu primeiro amigo (no caso, amiga) de luz!

Em meio a prantos e orações, vi uma luz branca se formando e a mãe Iemanjá apareceu. Não vi seu rosto, apenas suas vestes, seu cabelo e seu corpo num vestido azul brilhante e senti uma paz que há muito não sentia. Comecei a chorar de alegria, agradecendo a sua presença e nesse momento senti cheiro de rosas. Ainda em êxtase, comecei a ver pétalas de rosas brancas caindo e se tornarem pontos de luz ao chegar no chão ou bater nos móveis e no meu corpo. Foi uma das sensações mais lindas que já vivi!

Eu brinco que foi nesse dia que “desentupi” o canal da visão de amigos do bem! Não que deixei de ver o lado sombrio, mas o lado da luz também aparecia com frequência.

Entre idas e vindas a centros, terreiros, igrejas, grupos, e afins, consegui equilibrar minha mediunidade e hoje tenho o prazer de “dar passagem” aos amigos da Luz e aos “sofredores” nas reuniões espirituais e trabalhos de doutrinação.

Aprendi a entender o porquê das pessoas saírem melhor das casas espíritas, independente de verem o que acontece no astral, todos – sem exceção – recebem a energia de refazimento, equilíbrio e amor.

Vale ressaltar que quem passa por essa jornada não deve se sentir louca ou sem forças, isso é normal!

Ao invés de ter medo e tentar fugir, comece a estudar e entender o motivo disso tudo acontecer.

Lembre-se que o fardo nunca é maior do que se pode carregar e se você buscar o apoio de alguma casa séria – veja que escrevi casa, ou seja, pode ser um centro, um terreiro, uma igreja… não importa! – com certeza irá entender pelo que está passando e começará a ajudar muito mais do que ser ajudada. Evolua sem querer recompensas, e te garanto que elas virão em formas diversas e sua vida será ESPETACULAR!

Se você quer saber como virei “Mahadeva Lakshmi”, acesse MINHA HISTÓRIA e caso tenha alguma dúvida ou quiser contar sua história, entre em contato comigo, ficarei muito feliz em trocarmos experiências!

Que Deus lhe abençoe e te ajude a ver as coisas sempre no seu melhor aspecto, entendendo que não existem problemas e sim oportunidades de crescimento!

Beijos! 😘
Mah